sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Conquista


Conquista

De todos os males, sem teu amor, eu já sofri,
E me esquece sem ti, de tudo,
Me esquece de ti
Contudo

Contudo, agora
Lá fora
A vida finge que segue
Pra onde? talvez tão longe

Se esconde se cala, e fala
Fala
Será que fala?
Se cala

Para, para de se esconder
Sem tentar ler os teus olhos

Eles partem de um pensamento de ti
Pra ti
Não se esconda de ti
Não se evite, se conquiste.
Jaqueline Riquelme

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Tentativas Tendenciosas



Tentativas Tendenciosas

Não sei o que é por uma única vez te amar
E não te ver se afastar
E lamentar
Cada ausência tua
Cada parte tua longe
Da minha parte oposta
Ou igual

Nunca disse eu te amo
E fui se quer correspondida por esse amor
Caminhar sem lamentar
É o que sempre tenho feito
Não sei se direito
Só sei que me
Aconselho e ainda me evito
Não me admito
E me perco em cada beijo
Estranho que nem sei
O porquê
Cerco-me de rostos
Que sempre são tendenciosos pra mim
Rostos onde a van crueldade
De magoar de desfazer
De fazer
Constrói-se
Em cada palavra dita
Ato solidificado

Estou tão contundida
Na espera
As dores são fortíssimas
Sinto que os ferros
Que me adentram
E tentam restabelecer essa fissura
Não exercem o seu papel de forma
Convicta e cirúrgica

Vou continuar tentando

Jaqueline Riquelme


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Te deixo passar



Te deixo passar


To indo
Não por que eu queira
Mas, por que vindo 

De onde eu vim

Vindo de onde te queria
Você não quis ser
Tua carne foi fria

Nossos destinos
Estavam no tino das tuas palavras
E elas não existiram

Esperar, sem pensar
Olhar por olhar
Não amar
Apenas estar
Viva e cadente
Em mim

Jaqueline Riquelme


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Medo de Poesia


Medo de Poesia

A Festa Literária que participei nesse fim de semana na maravilhosa cidade de CACHOEIRA, me fez entender que temos que amar SEMPRE E SEMPRE, temos que NOS amar primeiro SEMPRE E SEMPRE, pra depois saber lhe dar com as adversidades, das relações interpessoais que surgirem, no meio de uma poesia, porque segundo ARISTÓTELES: "A história conta o que aconteceu; a poesia, o que deveria acontecer."!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Lamento


Lamento

Apresento-me ao silencio
Essa é a única forma de entender tudo

Chego à conclusão
Que nada signifiquei
E que nada sei
Pura curtição

Limpa curtição
Que se maquiava
Com sentimentos

Simplesmente não lamento
Apenas não entendo

Vou me afastando e dando distancias
Que são necessárias
E que levarão
Ao esquecimento

Não lamento


Jaqueline Riquelme

sábado, 10 de setembro de 2011

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Talvez te amar


Talvez te amar

Debrucei-me nas tuas costas largar
Me perdi
Me achei me esconde dentro de ti
Da sua vã compreensão

Do teu desejo de me aceitar
De me furar
Com um pedaço seu
Um pedaço que só os homens têm

Abraçar-te
Olhar tuas costas o teu ombro
O teu peitoral
Passar as minhas digitais, sobre tudo isso
Tudo isso que não é meu
E nunca será

Olhar pra taças de vinho que nos bebemos
Sujas de nossos beijos
Uma carrega o DNA do outro
Os beijos no pescoço
Elas carregam tudo que nós vivemos

Talvez te amar
Sei lá

Jaqueline Riquelme

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Sutileza


Sutileza

Os calores dos teus abraços ainda estão em mim
Uma única noite de loucura curta e sem fim
A sua sutileza com as coisas da vida me assusta
Você ver tudo de forma sutil, simples e curta

Beijamo-nos em vários momentos
Não me esqueço da sua beleza
Entre os nossos beijos
Estavam os nossos beijos
Dados a outra boca
Ou bocas

Não se esqueça do tamanho da sua sutileza
Ela é grande demais, pra sua idade
Ela é grande demais pra sua clareza
Tão clara
E cheia de vaidades

Certifico-me da sua educação
Você exila canção
Do passado

Indiscretamente nos afastamos
Culpa da distancia
Entre os hemisférios
Com tanta discrepância

Mas o pouco que tivemos valeu a pena
A lenha
Do nosso fogo ainda está apagada
E intacta
Jaqueline Riquelme

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Nosso Caderno



Nosso Caderno

O caderno ao qual eu escrevo o teu nome carrega os nossos beijos, caderno de felicidades que vivemos de sofrimentos que tivemos, tudo nele está impresso, tudo que lembra gestos, tudo documentado e assinado, tudo que lembra fatos, tudo alado em nosso peito, como linhas do caderno que lembram laços com nó, nossos olhares, se cruzam sempre em alto relevo nesse caderno. Caderno de lembranças, que caricaturadas ali, de forma escrita ou desenhada, não se embaraçam ou confundem, tudo no seu lugar, ao seu tempo, tudo no seu olhar, sem precisar de tempo, sem precisar saber do tempo, para que juntos, permanecemos.
Jaqueline Riquelme

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A Palavra DESEJO

A Palavra DESEJO

Tenho medo de descobrirem o que
Por de trás, eu desejo o que
Por dentro estou sentido

Tenho medo de alguém
Ouvir o que eu penso
Saber que o meu delírio
Suspiro em silencio
Tenho medo

Medo do que é vivo em mim
Do que a minha carne lateja
Deseja

Medo das lembranças futuras
Do que ainda não veio
Vivo em constante receio

Se eu pudesse me esconder
Dentro desse desejo
Entre cada letra
Da palavra desejo
E todas as letras caíssem
Em cima de mim
Impedindo-me de concedê-lo 

Jaqueline Riquelme


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Modifico-me


Modifico-me


Que angústia
Aprisiono-me na fúria
De viver cada vida
Que me cria

Cada coisa da vida
Que cria
Que me reconstrói
E destrói

Modifico-me a cada
Pancada
Dada
Em meu peito
Por mim

 Sei que o presente
Existe a cada
Pulsar do coração
Sem arritmia
Fico fria
Anestesio-me
Quase
Que todo dia  
        
Jaqueline  Riquelme

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Sou eu, que não te amo

Sou eu, que não te amo

Os embaraços da tristeza
De cada acalanto de dor
De temor nos teus braços
Estúpidos
Desnudos
Abraçando o meu corpo

O estorvo do teu beijo
Quando as minhas costas estão viradas pra você
É como se fosse irreal
Em relação a mim
E real, em relação aos
Transeuntes

Sei que insegurança é minha
E caminha
Para o intimo descaso
Para contigo                                Jaqueline Riquelme

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Pulsar

Pulsar

Sinto tanto a tua falta que o simples ato de acordar numa manha quente de verão é massacrante, olhar para o outro Lado do Meridiano e não te ver. Perder-me de você nas cobertas, nas orquestras nos atos de solidariedade para com o próximo. HÁ como eu queria voltar no tempo, e me afogar, nos seus líquidos mucosos, me distanciar de cada gesto de agressividade teu para comigo. Só queria saber compreender as tuas entranhas, saber onde está o controle remota que possa fazer você voltar pra mim, e em um simples click, rápido e preciso, poder estar caminhando nas linhas da tua mão, mesmo que elas pareçam sem um destino longínquo e findável, mesmo que elas se percam e não se encontre na parte superior da tua mão.
Que vontade de te ter novamente, e estar na sua frente, sentido cada Pulsar do teu Pulso próximo a tua mão.
Jaqueline Riquelme

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Saudade

Saudade



Busco bruscamente a saudade que esta dentro
De mim
Queria tanto chegar ao fim
De mim

E a cada acalanto que eu busco
Com outros beijos
São para afundar
Essa saudade
Com salivas de outrem

Seu barco se foi
Agora sei
Que nunca mais voltará
Tento amargamente não te ligar
Tento amargamente não te olhar
Tento amargamente te entender
E na amargura constante
De cada dia
Vou passando
Pelas ruas
Esperando que a minha paixão
Por você
Fique presa
Em cada grão de poeira
Que eu pisar.


Jaqueline Riquelme

Dragão Algoz

Dragão Algoz
Sempre olho pro tempo que já foi, sei que os toques que eu te implorei, não foram bons, não te peço mais nada, aliais só te peço que me esqueça, você não me merece, faço uma prece a são Jorge, peço que ele me corte, os rasgos de você, as suas arestas, com a sua lança e com o seu cavalo me ajude a cavalgar pra longe de você, espero que você se torne o dragão algoz, que assim como Jorge, ei de combatê-lo pro resto da minha vida, pois sei que pro resto da minha vida não vou te esquecer.

Jaqueline Riquelme

domingo, 24 de julho de 2011

Escrito para Pensar

“É engraçado que os ventos sempre mudam de direção, as vezes vão na contra mão, as vezes na mesma mão, agora uma coisa podemos ter certeza, se ontem ele não passou a seu favor, amanhã pode ter certeza que, ao seu favor ele passará.”  Jaqueline Riquelme

Juntos


Juntos
Somo dois, apenas dois
Que encontro após encontro
Reencontro após reencontro

Nos vemos juntos
Numa mesma sintonia
Me irradia, 
Estarmos cercados
Amparados e configurados

Nesse conjunto de personalidades dizeres
Que saltam aos pensamentos
De lamentos
Dores
Amores

Tentando sentir os sabores
Que tudo isso tem a nos oferecer
Vamos viver
Como alguém
Que só quer
Encontrar
Amar...

Jaqueline Riquelme e Ton Santos

sábado, 23 de julho de 2011

Solidão

Solidão

É DIFICIO ACARICIAR- ME
É difícil saber do adeus
É difícil amar-me
E dizer a mim mesma dos beijos teus

É difícil estar em cada canção
Que escuto
Juro-te
Que te esperar me salta os olhos
Imploro, pelo teu adeus
Queria implorar pelos beijos seus
Mas imploro pelo teu adeus
Que salta a tua boca

A vastidão de cada fato teu
É-me sublime
Me aflige
Não te ter
Não te reconhecer
Em uma foto
Que me mostro
Sua
Crua
E nua

Vejo-te na rua da cidade
Queria te ver na rua da minha alma              Jaqueline Riquelme

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Coração Amigo

Coração Amigo
“Uma coisa eu tenho certeza, o nosso coração possui diversas portas, onde a chave que está na mão de um só amigo, não é suficiente, precisamos de mais amigos com mais chaves para abrir todas as portas do nosso coração. Mantendo- o todo aberto, a vida consolida-se, em um mar sangüíneo de felicidade. (Dedico a todos os meus amigos)” Jaqueline Riquelme

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Os Mesmos Ventos

Os Mesmos Ventos

Vivo um estado de conflito
Nem sei se vivo
Sempre me afastei dos ventos
Que sopravam ao meu favor
Os lamentos
Que vive
Deram-me pavor

Os mesmos ventos que sopravam
Escorregam pelo meu corpo
Em um só sopro
Que ainda me massacram

Esses ventos
Que outrora
Na manobra
De cada obstáculo
Eu teimava em esquecer
No atual segundo
Que lá bem no fundo
Eu não sabia compreender
Organiza as letras
Do meu ser
E agora posso ler                        
                                                                      Jaqueline Riquelme

sexta-feira, 15 de julho de 2011

O Instável Querer

O Instável Querer

Eu te quero, mesmo que te querer custe-me renascer novamente
Eu te quero mesmo que te querer, sem te conhecer me assuste,
Eu te quero porque o pouco que eu sei de você, me dá prazer
Eu te quero mesmo na amizade, em uma sala vazia, de qualquer falsa estadia
Eu te quero mesmo que dormindo,
Na mesma cama que você, nossos corpos,
Não compartilhem do mesmo calor
Eu te quero mesmo que ainda você não me queira,
Eu sei que vou entender, o teu não querer, em relação a mim
Quero-te sem pensar
E mesmo pensando quero, ver-te caminhado perto de mim
Mesmo que tudo isso dure só dois dias

Jaqueline Riquelme

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Compasso retilíneo

Compasso retilíneo
A miséria que afoga o meu coração
Desfaz todas as minhas esperanças
O meu coração
É um barco a navegar
Sem leme, sem vela
Sem ninguém
O leme me agrada ate certo ponto
Mas uso a ele, e segundos depois me canso
Daquele formato pontiagudo
Rígido, estável, resistente as adversidades
A vela
Adoro a vela
Encontro-me, na vela
O seu formato fraco
Frágil sujeito as intempéries do tempo
Um formato tão maravilhoso
Que pode me envolver
Cobrir-me, me esconder onde diversas pessoas vêem
E o compasso retilíneo ao qual o meu corpo se perde
Em busca mais da vela, do que do leme
Como um barco solto no mar, que se machuca em pedras
Sofre fisicamente com o sol do dia
E sofre mais ainda psicologicamente
Com a lua da noite, lua essa que faz
Surgirem diversos sonhos
Onde a vela é a protagonista
Certifico-me que esse barco vai afundar
Ele vaga sem nada, sem direção
Sem ninguém, para orientá-lo
Beijando, tragando e bebendo
Todas as pedras no caminho
Sem receio
Em algum momento
Um buraco vai se abrir
E ele, vai cair no esquecimento.
Jaqueline Riquelme

terça-feira, 12 de julho de 2011

Faz um mês que a gente se beijou

Faz um mês que a gente se beijou
Faz um mês que a gente se beijou
Ainda lembro-me de tudo
Tuas mãos em minha cintura
Tua boca
Tão delicada e precisa
Enquanto beija

A invasão da tua língua
Em minha boca
Sem temor
O teu desejo de me beijar
Era vivo
Em teus olhos

O mais incrível
Nos dias
Que antecederam
E que de fato aconteceram
Os beijos
É que
Fez-se inverno
E a primavera se foi

E esse frio fez
O nosso desejo
Ficar maior

Fazia-me
Tão bem
Quando eu tocava
As tuas mãos
E nossos
Dedos se entrelaçavam
E você apertava
Seus dedos
Contra a parte superior
Da minha mão
Sinto tanta falta disso

É só
Um
Um mês
De distancia
Mas pra mim
Parece
Um
Um ano
Sem você

Quando as minhas
Mãos estavam frias
Perto de você
Era por que
O meu coração estava
Quente demais
Por esta
Perto de você
Todo o sangue do meu corpo
Estava dentro desse coração
Aguardando o seu querer
Eu ainda aguardo o seu querer                                           Jaqueline Riquelme