Certezas, as certezas
mudam de lugar e adquirem formas antes esquecidas, vazias, cada dia é um dia,
cada certeza é um risco, me arisco, mesmo que para isso me custe o penar, nadar,
preciso saber nadar nas minhas certezas, para mergulhar nas minhas duvidas, me angústia
saber que o hoje é duvida, e que o ontem talvez não, é uma madrugada triste de
duvidas e angustiada de certezas, tudo lateja como uma veia cheia de sangue e
prestes a protagonizar um derrame, preciso beber as duvidas para depois me embriagar
com as certezas, e só um bom porre é
capaz de fazer esquecer das duvidas e das certezas, isso nada mais é
navegar para viver.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Derrubar
Derrubar
A minha fragilidade me magoa,
a minha falta de
frieza
me deixa em uma canoa,
em uma canoa preste a afundar
basta um vento pra poder virar
os meus castelos de papel
que chegam até o céu
basta o sopro de um certo alguém
pra do céu se soltar
quero viver e amar
mesmo que isso custe
me anular,
tento me deixar
mas não dá
tento me encontrar
neste lugar,
o meu lugar é longe daqui
é um lugar onde ninguém está
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Carta a Mim
Carta a Mim
Tenho
aflições que não entendo e que não sei dar nomes, vou de uma parte a outra do
meu eu, me sinto só quando todos se afastam, e acompanhada demais quando todos
se aproximam, sei lá, parece até prisão o meu estado atual, parece uma pena a
ser cumprida em que não cabe a mim dizer quando vai acontecer o fim, é uma
prisão sentimental e amoral, marginal até, parece até que o “eu” não existe
mais em mim, sou confusa ao ponto de não saber o real ponto onde quero chegar
com as minhas escolhas, cheias de bolhas e levitações, mas só por um instante
vou parar de tentar refazer tudo isso, pra poder escrever essa carta para mim,
assim tenho um pouco de paz com tantas reflexões, mas sei que quando lá no
futuro, eu ler essa carta, vou está mais confusa, sei que vão ser confusões
diferente, porém maiores devido ao tempo, que só traz mais confusões ao passo
que passa.
sábado, 24 de novembro de 2012
Orixás
Orixás
O batuque do candomblé me leva aonde eu quiser me inspiro nos
orixás para tentar te ver passar, desconheço esse caminho, caminho de força e
beleza, admiro esse caminho de nobreza, onde você esta agora? Na hora não mais
que na hora, vamos embora, cansar de esquecer da hora, da hora que os nossos lábios
nos encontraram depois de tanta demora e de tanta agonia, a geografia dos corações
que nos distancia, e nos traz tanta poesia, nos deixa em falta da companhia e
da calmaria, mas nos cabe assim manter, os corações no batuque ritmado do candomblé,
na paz dos orixás e na força de lutar por esse amor que não pode acabar.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Papel
Papel
A noite está um tanto
fria é um silencio quase mesquinho, converso a esquerda comigo mesma e a
direito, com um ser ao qual eu amo, e que muito bem me faz, é tão cruel não
poder proteger essa pessoa de todas as
formas que eu pudesse, e poder trocar de lugar com ela, pra tentar resolver
seus conflitos e afastar com um grito os seus fantasmas, me afogo em uma alma
molhada de tristezas e dores do passado, são só dores do passado, recolho os
meus cacos de preocupação, de aflição por não poder está perto, só pra poder
olhar nos olhos, e sentir o seu abraço, me rasgo, como papel, mal escrito, como
papel sem sentindo, e sem você.
sábado, 3 de novembro de 2012
Sentindo, sem dito
Estou ficando
A margem dos fatos
Me acato
Com cansaço
E o dito
É somente dito
Evito conflitos
O sentido
Não faz mas sentido
Até a embriaguez
Sentido não fez
É o que digo?
E só digo, sem nenhum sentido.
domingo, 21 de outubro de 2012
Maria
Maria
Que dia
Que maravilha
Eu não sabia
Eu não compreendia
Que o que você sabia
Eu também sabia
que o que crescia
em mim também crescia
Ah! Maria
Me guarda Maria
Que o amor só é bom
Quando a dor presencia.
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Perda
Perda
Cada pessoa caminha com sua dor, com seu rancor,
Cada um com sua essência
Peculiar, impar
Cada um caminha,
Corre ou se desfaz
Em tudo que faz
Para encontrar força de viver
Com a pessoa que veio a perder
Límpida verdade!
A Límpida verdade
É esquecer a dor
O rancor
Lembrar só do que passou
O que marcou
O mais coerente em uma perda de um ser vivo
É o abrigo
De saber
Que o teve por um momento vivo
domingo, 2 de setembro de 2012
Nascentes
Nascentes
Hoje me dei conta de várias coisas sobre nós duas, o passado que tivemos me aflinge mas sei que o futuro nos guarda coisas muito boas, desde quando vc voltou pro seu lar, me vejo tão bagunçada, não sei o porquê, mas talvez o amor que temos é tão forte que não saibamos carregar, tropeço com os seus passos, caiu com os meus, quero continuar tentando a nossa relação, mesmo que isso me custe muitas nascentes, porque sei que vai te custar tambem, pois o amor só nos cobra isso, nascentes.
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Ventania
Ventania
A ventania que faz despetalar
Pode unir e pode separar
Somos duas flores em ramalhetes
distantes
Quando ela separa
Nos questionamos tristemente
Quando ela junta
Nos amamos loucamente
Quando a ventania passa
Nossas petálas se despreendem
se perdem
de nossos ramalhetes
É ai que acontece, a troca
de fluídos, sabores, medos
cheiros, dores, prazeres e também desprazeres.
Mas que ventania é essa, que pode trazer separações e
aproximações, conflitos e gemidos?
É a ventania dos aflitos
É a ventania que irradia,
os que o amor presencia.
A ventania que faz despetalar
Pode unir e pode separar
Somos duas flores em ramalhetes
distantes
Quando ela separa
Nos questionamos tristemente
Quando ela junta
Nos amamos loucamente
Quando a ventania passa
Nossas petálas se despreendem
se perdem
de nossos ramalhetes
É ai que acontece, a troca
de fluídos, sabores, medos
cheiros, dores, prazeres e também desprazeres.
Mas que ventania é essa, que pode trazer separações e
aproximações, conflitos e gemidos?
É a ventania dos aflitos
É a ventania que irradia,
os que o amor presencia.
sábado, 4 de agosto de 2012
Alma Molhada
Alma Molhada
Hoje a minha saudade tem nome, um nome de só três letras, e três desejos, abraçar, beijar, sentir, nada pra mim é mais vazio do que olhar pra rua lá fora, ver varias pessoas a andar, e não sente nem seu cheiro, o teu meigo abraçar me encanta, o teu ardente beijar me queima, e a tua vontade e força de sentir me molham a alma.
domingo, 22 de julho de 2012
Invade
Invade
Afasta, a pura solidão que existe, para nós,
com nossa voz,
a solidão dos dias,
esvazia, o algoz coração
a aproximação
do nosso coração,
com a possibilidade,
de uma sensação
aumenta a felicidade
me invade
e não parte
não parte
para o seio
de tua naturalidade
me invade
e não deixa nenhuma
parte
sem sua parte
Afasta, a pura solidão que existe, para nós,
com nossa voz,
a solidão dos dias,
esvazia, o algoz coração
a aproximação
do nosso coração,
com a possibilidade,
de uma sensação
aumenta a felicidade
me invade
e não parte
não parte
para o seio
de tua naturalidade
me invade
e não deixa nenhuma
parte
sem sua parte
Que ti diga
Que ti diga
Cada parte de ti me invade, me parte ao meio, cada parte de ti me cria e recria, cada parte de ti me faz ser teu amor, o meu louvor por tua presença, é maior, que a minha propria voz, a não presença do teu beijo me deixa em sede constante, me cante, me cante uma canção antiga, lírica, ou popular, uma canção, que ti diga o quanto eu te amo.
sábado, 23 de junho de 2012
Feridas da Escravidão
Feridas da Escravidão
As marcações do amor
me marcam
como feridas da escravidão
o não
o não amar me foge
feridas sem obrigação
feridas que não são
na mão
mas nas costas
que estão postas
pra você
feridas
caladas
marcadas
e vividas
feridas mais que amadas
As marcações do amor
me marcam
como feridas da escravidão
o não
o não amar me foge
feridas sem obrigação
feridas que não são
na mão
mas nas costas
que estão postas
pra você
feridas
caladas
marcadas
e vividas
feridas mais que amadas
sábado, 16 de junho de 2012
Em mim
Em mim
A tua presença me faz escrever,
a tua ausência me faz escrever mais ainda,
não te vi nascer,
mas te vi crescer
dentro de mim
bem assim
em mim, devagar
sem saber nadar, sem me afogar
voce me fez conhecer o amor,
sem conhecer a dor,
errado,
conheço a dor
de não está ao teu lado
agora
nunca vá embora de dentro de mim
vá embora pra perto de mim
A tua presença me faz escrever,
a tua ausência me faz escrever mais ainda,
não te vi nascer,
mas te vi crescer
dentro de mim
bem assim
em mim, devagar
sem saber nadar, sem me afogar
voce me fez conhecer o amor,
sem conhecer a dor,
errado,
conheço a dor
de não está ao teu lado
agora
nunca vá embora de dentro de mim
vá embora pra perto de mim
domingo, 10 de junho de 2012
Cais
CAIS
Agora lá fora está chovendo, aqui dentro tb chove, um misto de sentimentos, ainda indefinidos, restritos ao meu eu, em relação a outra parte, uma mistura de peripécias, catastrofes, alagamentos sobrenaturais, agora lá fora já parou de chover, a chuva se vai com uma facilidade imensa, mas aqui dentro, ainda chove, sei que chove diferente de antes, aqui dentro ainda chove, estou me atracando em um cais que me parece seguro, não tem mar de onde eu vim, atraquei nesse cais. Gosto dessa chuva que passa aqui dentro, me remete a sentimentos bons, não é uma chuva ácida, é bem diferente das outras, é uma chuva só minha, só minha. Jaqueline Riquelme
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Começo e Fim
Começo e Fim
No inicio, bem lá no inicio, eu só queria conhecer, experimentar, achava que seria facil levar, que estar acompanhada ia bastar, mas sei lá, não bem assim, o fim está proximo e o começo nem existiu, olho minhas mãos, e o que já passou por elas, olho os meus cabelos, e sinto quantos cheiros ficaram, ou melhor, passaram, vou tentando seguir, sem começo, mas com fim. Jaqueline Riquelme
No inicio, bem lá no inicio, eu só queria conhecer, experimentar, achava que seria facil levar, que estar acompanhada ia bastar, mas sei lá, não bem assim, o fim está proximo e o começo nem existiu, olho minhas mãos, e o que já passou por elas, olho os meus cabelos, e sinto quantos cheiros ficaram, ou melhor, passaram, vou tentando seguir, sem começo, mas com fim. Jaqueline Riquelme
domingo, 20 de maio de 2012
Quero
Não quero nada
Não quero nada
que não possa ser meu
Nada que me sufoque
nada que eu não posso ter
terei somente, o que a mim
já é destinado,
mesmo que por acaso o destino
não esteja ao meu lado
a infelicidade acompanhada
me adimite
a sós
felicidade é só amar
o passado Jaqueline Riquelme
Não quero nada
que não possa ser meu
Nada que me sufoque
nada que eu não posso ter
terei somente, o que a mim
já é destinado,
mesmo que por acaso o destino
não esteja ao meu lado
a infelicidade acompanhada
me adimite
a sós
felicidade é só amar
o passado Jaqueline Riquelme
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Inquietação
Inquietação
Inquietação larga a minha mão
Solta os meus dedos
Não me olha mais no espelho
Volta coordenação
Orienta os meus dedos
Me deixa escrever no espelho
A incoerência dos fatos
Cruza no meu embaraço
E no espaço não me vejo
Fazendo-me ver em cada tira
Do viés coordenado fico inquietante
Nunca falante
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