quarta-feira, 27 de julho de 2011

Saudade

Saudade



Busco bruscamente a saudade que esta dentro
De mim
Queria tanto chegar ao fim
De mim

E a cada acalanto que eu busco
Com outros beijos
São para afundar
Essa saudade
Com salivas de outrem

Seu barco se foi
Agora sei
Que nunca mais voltará
Tento amargamente não te ligar
Tento amargamente não te olhar
Tento amargamente te entender
E na amargura constante
De cada dia
Vou passando
Pelas ruas
Esperando que a minha paixão
Por você
Fique presa
Em cada grão de poeira
Que eu pisar.


Jaqueline Riquelme

Dragão Algoz

Dragão Algoz
Sempre olho pro tempo que já foi, sei que os toques que eu te implorei, não foram bons, não te peço mais nada, aliais só te peço que me esqueça, você não me merece, faço uma prece a são Jorge, peço que ele me corte, os rasgos de você, as suas arestas, com a sua lança e com o seu cavalo me ajude a cavalgar pra longe de você, espero que você se torne o dragão algoz, que assim como Jorge, ei de combatê-lo pro resto da minha vida, pois sei que pro resto da minha vida não vou te esquecer.

Jaqueline Riquelme

domingo, 24 de julho de 2011

Escrito para Pensar

“É engraçado que os ventos sempre mudam de direção, as vezes vão na contra mão, as vezes na mesma mão, agora uma coisa podemos ter certeza, se ontem ele não passou a seu favor, amanhã pode ter certeza que, ao seu favor ele passará.”  Jaqueline Riquelme

Juntos


Juntos
Somo dois, apenas dois
Que encontro após encontro
Reencontro após reencontro

Nos vemos juntos
Numa mesma sintonia
Me irradia, 
Estarmos cercados
Amparados e configurados

Nesse conjunto de personalidades dizeres
Que saltam aos pensamentos
De lamentos
Dores
Amores

Tentando sentir os sabores
Que tudo isso tem a nos oferecer
Vamos viver
Como alguém
Que só quer
Encontrar
Amar...

Jaqueline Riquelme e Ton Santos

sábado, 23 de julho de 2011

Solidão

Solidão

É DIFICIO ACARICIAR- ME
É difícil saber do adeus
É difícil amar-me
E dizer a mim mesma dos beijos teus

É difícil estar em cada canção
Que escuto
Juro-te
Que te esperar me salta os olhos
Imploro, pelo teu adeus
Queria implorar pelos beijos seus
Mas imploro pelo teu adeus
Que salta a tua boca

A vastidão de cada fato teu
É-me sublime
Me aflige
Não te ter
Não te reconhecer
Em uma foto
Que me mostro
Sua
Crua
E nua

Vejo-te na rua da cidade
Queria te ver na rua da minha alma              Jaqueline Riquelme

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Coração Amigo

Coração Amigo
“Uma coisa eu tenho certeza, o nosso coração possui diversas portas, onde a chave que está na mão de um só amigo, não é suficiente, precisamos de mais amigos com mais chaves para abrir todas as portas do nosso coração. Mantendo- o todo aberto, a vida consolida-se, em um mar sangüíneo de felicidade. (Dedico a todos os meus amigos)” Jaqueline Riquelme

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Os Mesmos Ventos

Os Mesmos Ventos

Vivo um estado de conflito
Nem sei se vivo
Sempre me afastei dos ventos
Que sopravam ao meu favor
Os lamentos
Que vive
Deram-me pavor

Os mesmos ventos que sopravam
Escorregam pelo meu corpo
Em um só sopro
Que ainda me massacram

Esses ventos
Que outrora
Na manobra
De cada obstáculo
Eu teimava em esquecer
No atual segundo
Que lá bem no fundo
Eu não sabia compreender
Organiza as letras
Do meu ser
E agora posso ler                        
                                                                      Jaqueline Riquelme

sexta-feira, 15 de julho de 2011

O Instável Querer

O Instável Querer

Eu te quero, mesmo que te querer custe-me renascer novamente
Eu te quero mesmo que te querer, sem te conhecer me assuste,
Eu te quero porque o pouco que eu sei de você, me dá prazer
Eu te quero mesmo na amizade, em uma sala vazia, de qualquer falsa estadia
Eu te quero mesmo que dormindo,
Na mesma cama que você, nossos corpos,
Não compartilhem do mesmo calor
Eu te quero mesmo que ainda você não me queira,
Eu sei que vou entender, o teu não querer, em relação a mim
Quero-te sem pensar
E mesmo pensando quero, ver-te caminhado perto de mim
Mesmo que tudo isso dure só dois dias

Jaqueline Riquelme

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Compasso retilíneo

Compasso retilíneo
A miséria que afoga o meu coração
Desfaz todas as minhas esperanças
O meu coração
É um barco a navegar
Sem leme, sem vela
Sem ninguém
O leme me agrada ate certo ponto
Mas uso a ele, e segundos depois me canso
Daquele formato pontiagudo
Rígido, estável, resistente as adversidades
A vela
Adoro a vela
Encontro-me, na vela
O seu formato fraco
Frágil sujeito as intempéries do tempo
Um formato tão maravilhoso
Que pode me envolver
Cobrir-me, me esconder onde diversas pessoas vêem
E o compasso retilíneo ao qual o meu corpo se perde
Em busca mais da vela, do que do leme
Como um barco solto no mar, que se machuca em pedras
Sofre fisicamente com o sol do dia
E sofre mais ainda psicologicamente
Com a lua da noite, lua essa que faz
Surgirem diversos sonhos
Onde a vela é a protagonista
Certifico-me que esse barco vai afundar
Ele vaga sem nada, sem direção
Sem ninguém, para orientá-lo
Beijando, tragando e bebendo
Todas as pedras no caminho
Sem receio
Em algum momento
Um buraco vai se abrir
E ele, vai cair no esquecimento.
Jaqueline Riquelme

terça-feira, 12 de julho de 2011

Faz um mês que a gente se beijou

Faz um mês que a gente se beijou
Faz um mês que a gente se beijou
Ainda lembro-me de tudo
Tuas mãos em minha cintura
Tua boca
Tão delicada e precisa
Enquanto beija

A invasão da tua língua
Em minha boca
Sem temor
O teu desejo de me beijar
Era vivo
Em teus olhos

O mais incrível
Nos dias
Que antecederam
E que de fato aconteceram
Os beijos
É que
Fez-se inverno
E a primavera se foi

E esse frio fez
O nosso desejo
Ficar maior

Fazia-me
Tão bem
Quando eu tocava
As tuas mãos
E nossos
Dedos se entrelaçavam
E você apertava
Seus dedos
Contra a parte superior
Da minha mão
Sinto tanta falta disso

É só
Um
Um mês
De distancia
Mas pra mim
Parece
Um
Um ano
Sem você

Quando as minhas
Mãos estavam frias
Perto de você
Era por que
O meu coração estava
Quente demais
Por esta
Perto de você
Todo o sangue do meu corpo
Estava dentro desse coração
Aguardando o seu querer
Eu ainda aguardo o seu querer                                           Jaqueline Riquelme

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Parei



Parei
A chuva me lava
Se ela pudesse lavar
O que eu sinto por você
O papel dissolver
E me fizesse parar de escrever
E só sentir o teu beijar

Se ela me fizesse parar
De ouvir os teus pingos
E eu pudesse ouvir
Tuas silabas faladas
Se ela me fizesse esquecer
Do meu querer
Para contigo

Lavei a minha alma
Com a chuva
Alma encardida de você
Mesmo assim
Você
Não se curva
Aos meus desejos
Aos meus latejos
De solidão

Parei de ceder
Em relação a você
Parei de crer
Em eu e você
Em eu e você só um beijo
Nada mais
É só isso que eu
Desejo                                                            Jaqueline Riquelme

Frases

Viver é estar vivo, sem a necessidade de todos os por quês respondidos caminharem ao nosso lado.” Jaqueline Riquelme


“Vou te querer a cada vez que o sol estiver escondido atrás da lua, esperando o quase amanhecer pra você dormir!” Jaqueline Riquelme

CASTELO DIFICIL DE DERRUBAR

CASTELO DIFICIL DE DERRUBAR

O medo que eu tive tem que ir, se afastar das lagrimas, opostas de cada manha, de cada dor buscada em cada fio de cabelo, não sei dizer mais do medo, do medo avesso, do medo eu sei dizer, do escuro do medo de você, das palavras que citam você.
Cabe a cada um, esquecer dos seus medos, dos seus anseios, das suas buscas, nenhuma busca acaba, apenas ela é base de outra busca, os castelos do medo, são sempre construídos, e mal acabados. Com o medo construímos castelos grandiosos, com uma arquitetura antiga formada de coisas antigas, ou seja, difíceis de derrubar.
Jaqueline Riquelme

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Nada Além


Nada além

Hoje acordei com raiva do mundo
Talvez por que tudo
Que construí

As pessoas nas quais
Eu dei atenção
Não valeram de nada

Hoje acordei com raiva do mundo
Tranquei-me no escuro
Que é só meu
E que partiu do que é teu

O teu que maltrata

Olhar da janela do meu quarto
Vê uma rua cheia de pessoas
Olhar através da janela
Para o meu quarto
E vê um mundo
Sem pessoas

Hoje dormir e acordei com raiva do mundo
Percebi que a minha existência é falsa
E tardia

E quê os dias
São apenas dias
Sem canções
Quando não posso, tocá-las
Da minha forma
Jaqueline Riquelme

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Não te vi

Tentei te ver
Na brasa dos papéis
Que falam de você
Só de você
Que escreve só pra você

Aquela brasa
Vermelha
Igual à cor
Do moletom
Que você adora

Queimei tudo que
Escreve sobre você
Pra tentar te esquecer
Tomara que eu consiga

Agora
Lavo as cinzas
Do papel
Que falava
Sobre você
Você
Você

Estou tentando
Lavar a minha
Alma
De você                           Jaqueline Riquelme

Suas Mãos

Hoje a noite eu vi as mãos de uma pessoa, que me faz tanta falta, nos beijamos no dia 22 de outubro de 2010, que beijo, nunca esquecerei. O seu olhar como sempre, me preenche os espaços, calados e soprados, em uma sinfonia, de sinos, lembro-me do seu corpo retilíneo junto ao meu, a raiva me transborda, outrora eu tinha o seu toque, o seu falar quase mudo, o seu olhar quase escuro, as suas entranhas de rebeldia que me doía e me preocupava, a sua covardia junto ao tempo, o seu tempo muito pequeno junto ao meu, os seus traços de angustia, fissuravam, as minhas narinas já fissuradas, pois é, conversei com as mãos dessa pessoa novamente, o toque das suas mãos eu nunca esqueci, que bom assim posso lembra –lá, mesmo que por ver as suas mãos, as minhas se percam em uma simples escrita feita para você.
Jaqueline Riquelme

domingo, 3 de julho de 2011

Não é o futuro, são só marcas da mudança

As curvas do teu rosto

Mostram um tempo

Que ainda não vivi



Elas aparecem no oposto

Mostram os desgostos

Os lamentos

O que eu ainda não vi



São curvas curtas

Porem múltiplas



Curvas que mostram, que

O futuro não existe

O que existe

É um presente

Que muda

A cada rasgo

Que grita

No segundo

Que passa

                                                                                    Jaqueline Riquelme

Deitando sem dormir, e reflexionando em cima de frases!!!!!!!!!!!

Os pedaços dos seus beijos jogados em mim no mês de março, só caíram a metade, a outra metade continua em minha boca! (Jaqueline Riquelme)



sábado, 2 de julho de 2011

Falsos acompanhados

O meu coração

Afoga-se em seu próprio sangue

Não coagulado

Sinal de que ainda está vivo



A existência solitária de cada dia

Vai o matando aos poucos



O eu e você não existe

Nunca existiu



O triste momento de escrever

Só me presencia de mim mesma



Vou me conhecendo

Só me conhecendo e mais nada

Não conheço o interior de ninguém em especial

Só o meu

Quase coagulado

E rígido

Sedimentado com o cimento seco da solidão



Quando tudo cair novamente

Os meus passos vão parar

De seguir pelas ruas

E vão seguir

Pela crise de existência

Que voltará a me atormentar



Tenho que parar de seguir

Sem caminho demarcado

Sem caminho acompanhado

Tenho que parar de sentir

Falsos acompanhados            Jaqueline Riquelme