terça-feira, 27 de novembro de 2012

Carta a Mim

 
Carta a Mim

Tenho aflições que não entendo e que não sei dar nomes, vou de uma parte a outra do meu eu, me sinto só quando todos se afastam, e acompanhada demais quando todos se aproximam, sei lá, parece até prisão o meu estado atual, parece uma pena a ser cumprida em que não cabe a mim dizer quando vai acontecer o fim, é uma prisão sentimental e amoral, marginal até, parece até que o “eu” não existe mais em mim, sou confusa ao ponto de não saber o real ponto onde quero chegar com as minhas escolhas, cheias de bolhas e levitações, mas só por um instante vou parar de tentar refazer tudo isso, pra poder escrever essa carta para mim, assim tenho um pouco de paz com tantas reflexões, mas sei que quando lá no futuro, eu ler essa carta, vou está mais confusa, sei que vão ser confusões diferente, porém maiores devido ao tempo, que só traz mais confusões ao passo que passa.
                                                                                                                                                                                         

sábado, 24 de novembro de 2012

Orixás


Orixás

O batuque do candomblé me leva aonde eu quiser me inspiro nos orixás para tentar te ver passar, desconheço esse caminho, caminho de força e beleza, admiro esse caminho de nobreza, onde você esta agora? Na hora não mais que na hora, vamos embora, cansar de esquecer da hora, da hora que os nossos lábios nos encontraram depois de tanta demora e de tanta agonia, a geografia dos corações que nos distancia, e nos traz tanta poesia, nos deixa em falta da companhia e da calmaria, mas nos cabe assim manter, os corações no batuque ritmado do candomblé, na paz dos orixás e na força de lutar por esse amor que não pode acabar.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Papel


Papel
 

A noite está um tanto fria é um silencio quase mesquinho, converso a esquerda comigo mesma e a direito, com um ser ao qual eu amo, e que muito bem me faz, é tão cruel não poder  proteger essa pessoa de todas as formas que eu pudesse, e poder trocar de lugar com ela, pra tentar resolver seus conflitos e afastar com um grito os seus fantasmas, me afogo em uma alma molhada de tristezas e dores do passado, são só dores do passado, recolho os meus cacos de preocupação, de aflição por não poder está perto, só pra poder olhar nos olhos, e sentir o seu abraço, me rasgo, como papel, mal escrito, como papel sem sentindo, e sem você.

 

 

sábado, 3 de novembro de 2012

Sentindo, sem dito

Estou ficando
A margem dos fatos
Me acato
Com cansaço
 
E o dito
É somente dito
Evito conflitos
 
O sentido
Não faz mas sentido
Até a embriaguez
Sentido não fez
 
É o que digo?
 
E só digo, sem nenhum sentido.