Carta a Mim
Tenho
aflições que não entendo e que não sei dar nomes, vou de uma parte a outra do
meu eu, me sinto só quando todos se afastam, e acompanhada demais quando todos
se aproximam, sei lá, parece até prisão o meu estado atual, parece uma pena a
ser cumprida em que não cabe a mim dizer quando vai acontecer o fim, é uma
prisão sentimental e amoral, marginal até, parece até que o “eu” não existe
mais em mim, sou confusa ao ponto de não saber o real ponto onde quero chegar
com as minhas escolhas, cheias de bolhas e levitações, mas só por um instante
vou parar de tentar refazer tudo isso, pra poder escrever essa carta para mim,
assim tenho um pouco de paz com tantas reflexões, mas sei que quando lá no
futuro, eu ler essa carta, vou está mais confusa, sei que vão ser confusões
diferente, porém maiores devido ao tempo, que só traz mais confusões ao passo
que passa.