Todos os meus
dias se resumem aos embaraços das soluções, soluções essas que eu deixo passar,
me afogo em mares nunca passados, respiro em lares antes morados. É um estado
de sufocante que dura poucos instantes e volta ao que era antes, parece
sorrateiro e ao mesmo tempo teatral, o que acontece com a gente, assusta e
carece de cuidados antes estimados. Não decifro os meus sentimentos, careço
deles e vivo para eles, em um estado constante de trocá-los, preciso me
permitir na ânsia de amar.