segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Lamento


Lamento

Apresento-me ao silencio
Essa é a única forma de entender tudo

Chego à conclusão
Que nada signifiquei
E que nada sei
Pura curtição

Limpa curtição
Que se maquiava
Com sentimentos

Simplesmente não lamento
Apenas não entendo

Vou me afastando e dando distancias
Que são necessárias
E que levarão
Ao esquecimento

Não lamento


Jaqueline Riquelme

sábado, 10 de setembro de 2011

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Talvez te amar


Talvez te amar

Debrucei-me nas tuas costas largar
Me perdi
Me achei me esconde dentro de ti
Da sua vã compreensão

Do teu desejo de me aceitar
De me furar
Com um pedaço seu
Um pedaço que só os homens têm

Abraçar-te
Olhar tuas costas o teu ombro
O teu peitoral
Passar as minhas digitais, sobre tudo isso
Tudo isso que não é meu
E nunca será

Olhar pra taças de vinho que nos bebemos
Sujas de nossos beijos
Uma carrega o DNA do outro
Os beijos no pescoço
Elas carregam tudo que nós vivemos

Talvez te amar
Sei lá

Jaqueline Riquelme

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Sutileza


Sutileza

Os calores dos teus abraços ainda estão em mim
Uma única noite de loucura curta e sem fim
A sua sutileza com as coisas da vida me assusta
Você ver tudo de forma sutil, simples e curta

Beijamo-nos em vários momentos
Não me esqueço da sua beleza
Entre os nossos beijos
Estavam os nossos beijos
Dados a outra boca
Ou bocas

Não se esqueça do tamanho da sua sutileza
Ela é grande demais, pra sua idade
Ela é grande demais pra sua clareza
Tão clara
E cheia de vaidades

Certifico-me da sua educação
Você exila canção
Do passado

Indiscretamente nos afastamos
Culpa da distancia
Entre os hemisférios
Com tanta discrepância

Mas o pouco que tivemos valeu a pena
A lenha
Do nosso fogo ainda está apagada
E intacta
Jaqueline Riquelme